sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Sentimentos transitórios

A tua ausência calada. O retorno que não vem, a sombra da incerteza, do não dito. A espera lenta e dolorosa. Consome como uma dor involuntária.

O silêncio toma conta do ar preenchendo toda a imensidão de nada. E esse nada imunda o seu ser solitário com um pesar sujo e descontente.

O descontentamento procria uma grande nuvem negra que chove pequenos círculos de lágrimas obscuras. Essa lágrimas formam pequenas obsessões turvas diluídas na imensidão do amor recusado. E cada pequeno gesto se torna totalitário em si próprio. As angústias caladas caçam as células do corpo atacando –o como um vírus sem cura. E de repente o vírus se transmuta. Essa transmutação retorna a ausência calada que passa a ser a ausência da vida e a presença da morte.

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